quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

A realização da teologia litúrgica

A realização da teologia litúrgica

            Este trabalho tem como escopo destacar, a seguir, algumas das principais questões defendidas pela encíclica Mediator Dei, publicada pelo Papa Pio XII, em 20 de novembro de 1947, denominada a “carta magna do movimento litúrgico”, sendo a primeira encíclica da história completamente dedicada ao tema litúrgico.

Presença de Cristo na ação litúrgica.
Cristo é a nossa liturgia. Uma liturgia livre de visões incompletas e periféricas eis que centrada no plano eminentemente teológico e cristológico, conferindo à Igreja ser continuadora da obra de Jesus Cristo tanto no aspecto da glorificação do Pai quanto no que se relaciona com a santificação do ser humano.

A liturgia, exercício do sacerdócio de Jesus Cristo.
Com a Sagrada Liturgia a Igreja continua o ofício sacerdotal de Jesus Cristo. Não constitui uma presença meramente psicológica, mas, sobretudo, sacramental. A Igreja atua junto com o seu Fundador razão pela qual temos que o Culto é santo e tem o poder santificante. A liturgia, portanto, é o exercício do sacerdócio de Jesus Cristo realizado em diversos campos na Igreja – Missa, sacramentos, ofício divino e ano litúrgico.

Liturgia como culto público.
Trata-se de culto público ao Pai prestado por Jesus Cristo, como cabeça da Igreja e unido ao seu corpo místico, a Igreja, de forma completa e que possui a máxima eficácia de santificação.

Culto externo e interno.
O culto a Deus é exterior, pois o ser humano é sensível à dimensão social, e interior, eis que a liturgia exige que esses dois elementos estejam unidos, ao viver em Cristo, consagrar-se completamente a Ele, para que nele, com ele e por ele se dê glória ao Pai.

Na liturgia continua-se a obra de nossa salvação.
Cristo opera nossa salvação cada dia nos sacramentos e em seu sacrifício e, por meio deles, continuamente purifica e consagra a Deus o gênero humano. Os sacramentos não exigem a colaboração dos fiéis para sua plena realização. Mas para ter a divina eficácia, exigem as boas disposições de nossa alma para que se obtenha a salvação eterna.

Harmonia entre liturgia e vida espiritual.
A liturgia tem uma dignidade maior que as orações privadas, considerando o fato de que não pode existir nenhuma oposição ou incompatibilidade entre a ação divina, que infunde a graça nas almas para continuar a nossa redenção, e a operosa colaboração do ser humano que não deve tornar vão o dom de Deus.

A liturgia controlada ou dependente da hierarquia eclesiástica.
A liturgia é confiada aos sacerdotes, em nome da Igreja, e por isso dela depende sua organização e sua forma.

            As questões teológicas abordadas pelo documento do Papa Pio XII serviram de base às reformas e à modificação de numerosas normas e levou a uma gradual mudança de mentalidade, que tornou possível a aplicação das afirmações do Concílio Vaticano II.

 Até Breve!

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