sexta-feira, 8 de abril de 2016

Imago Dei





Respeito à Dignidade Humana


     No contexto da Doutrina Social Católica a ideia de que o homem representa o coração e a alma de todo o ensinamento católico desempenha um papel especial. O ser humano deve ser o portador, o criador e o fim de todas as instituições sociais.

     Sabemos que DEUS é o fim último de suas criaturas e, portanto, a Doutrina Social não é um fim isolado em si mesmo. Ela somente tem valor em referencia à obtenção dos fins últimos da pessoa e ao bem comum universal de toda a criação.

        Com ênfase genuína na dignidade humana enquanto valor fundamental, a ética social cristã deve prestar uma contribuição decisiva, específica e imprescindível à determinação do equilíbrio e harmonia das relações sociais.

        Todas as premissas da ética social cristã católica partem da dignidade do ser humano em virtude da sua semelhança à imagem de DEUS – Imago Dei – não obstante sua simultânea desigualdade real.

        O ponto de partida é a dimensão social dessa pessoalidade humana, isto é, o fato dos seres humanos serem reciprocamente referidos uns aos outros e à sociedade como um todo, do que resulta simultaneamente a obrigação recíproca ao convívio, ao respeito recíproco da dignidade humana.

         O homem por sua natureza íntima é um ser social e o convívio social o leva a uma ação conjunta com outras pessoas, mas essencialmente em direção ao bem-estar do próximo, bem como a decisão firme e permanente do homem empenhar-se pelo bem-estar de todos e de qualquer pessoa, “pois somos responsáveis todos por todos”, nos ensina São João Paulo II em sua carta Sollicitudo Rei Socialisde 1987.

       O respeito à dignidade do outro implica o dever de cada um assentado na condição de ser um ser humano, de realizar a justiça e agir com caridade. É impossível promover a dignidade da pessoa sem que se cuide da família, dos grupos e das associações as quais pertencem o homem.

        Além disso, vale observar que, sob a ótica católica, o homem e a mulher têm a mesma dignidade e são de igual nível de valor, não só porque ambos, na sua diversidade, são imagem de Deus, mas ainda mais profundamente o entusiasmo que os anima.


      Finalmente, a Doutrina Social Católica, tem no centro o “ser humano” enquanto “pessoa” – ser dotado de inteligência e liberdade e capaz de conhecer-se, a instruir-se e de dar-se livremente – como seu parâmetro decisivo, pois é uma finalidade em si única, irrepetível, exclusiva por força da sua dignidade e amada por JESUS CRISTO em medida.


Referência:
Compêndio da Doutrina Social da Igreja. Pontifício Conselho "Justiça e Paz"; 4.ed. - São Paulo: Paulinas, 2008.

terça-feira, 5 de abril de 2016

Mediator Dei


Jesus Cristo, a máxima revelação do Pai

     Deus é amor que transborda para toda a humanidade. Portanto, apesar das nossas infidelidades, temos que Deus jamais quebra a sua aliança conosco, pois sempre haverá abundância de amor e de perdão. O Pai ama o Filho e entregou tudo em sua mão. Assim Cristo revela o infinito amor do Pai ao homem. O requisito essencial para alcançar a vida eterna é a fé em Jesus Cristo: “Eu e o Pai somos um”.

    Somente em Jesus Cristo é que o homem encontra o sentido da vida. Isso exige adesão de fé ao ensinamento que vem do Pai, pois Jesus Cristo não fala por si mesmo, mas apenas transmite aos homens as palavras que Deus lhe deu para eles.

    O critério de discernimento é a Palavra de Deus para todos que anseiam alcançar a salvação. Jesus Cristo fica sempre entre o Pai e os fiéis: é o Mediator Dei.

    Jesus Cristo é o pão da vida eterna. A vontade do Pai é a salvação do homem comunicada por meio de Seu Filho unigênito: que toda pessoa que vê o filho tenha a vida eterna. Quem ama Jesus Cristo ama a Deus e quem odeia Jesus Cristo odeia a Deus.

     Jesus Cristo, o “Bom Pastor”, nos convida a sermos sensíveis aos sinais de esperança e de vida nova que acontecem à nossa volta e a lermos neles a presença salvadora e vivificadora. Devemos ter presentes o  amor, a partilha e a doação que geram vida nova. Como ovelhas do rebanho de Jesus Cristo é preciso escutar a sua voz e segui-lo, percorrendo seu caminho e entregando nossa vida, numa doação total, de amor e de serviço aos irmãos.

     A fé em Jesus nos capacita a realizarmos, não só as obras que Ele realizou, mas até maiores. Isto tudo para a maior glória de Deus.

     Jesus Cristo nos ensina que a força de Deus não está no castigo, mas no amor. O nosso Deus não quer a morte daquele que errou, mas a libertação plena do homem. A misericórdia e o amor de Deus são capazes de mostrar àqueles que vivem na escravidão do pecado a esperança, a vontade de superação e o desejo de uma vida nova.


     Permanecer unidos a Jesus Cristo como o galho à videira é condição para produzirmos bons frutos. Permanecer no amor significa permanecer na íntima união com Jesus Cristo, fonte de vida e de alegria.


Referências:
Jo 3,34-35; 4,34; 5,19; 5,23;; 5,30; 6,38; 6,40; 8,19; 8,29; 10,30; 12,44-45; 12,49-50; 13,3;13,20; 14,7.9; 15,23.