Exaltação a Santa Cruz
Jesus
Cristo disse que:
Os
que o seguem devem tomar a própria cruz, perdendo assim a vida para
conquistá-la.
Mt
10,38
Mt
16,24
Mc
8,34
Lc
9,23
Lc
14,27
Não
se trata apenas de uma alusão à sua própria morte, mas também da afirmação de
que o seguimento exige a “negação de si mesmo” (Mc 8,34-35)
1) Total
desprezo pela própria vida
2) Pelo
bem-estar
3) Pelas
posses pessoais
E
tudo aquilo a que se deve renunciar para seguir Jesus Cristo.
Quero
aqui lembrar São Paulo.
Ao
anunciar Jesus Cristo crucificado não era sua intenção pregar o Evangelho da
Cruz em uma linguagem refinada.
Tudo
isso para não privar a cruz do seu real valor (1 Cor 1,17)
A
linguagem da cruz é absurda para os que, sem ela, se perdem; entretanto é poder
de Deus para aqueles que se salvam (1 Cor 1,18).
Escândalo
para os Judeus e loucura para os gentios (1 Cor 1,23; 2,2).
Levado
por uma força interior, São Paulo sabia que se pregasse a circuncisão, não
haveria o escândalo da cruz (Gl 5,11)
Com
isso, ele quer dizer que a Cruz, um escândalo para os Judeus, perderia o seu
valor redentor se a circuncisão fosse necessária.
Para
São Paulo, o único motivo de glória é a cruz de Jesus Cristo (Gl 6,14).
Na
Cruz Jesus uniu Judeus e Gentios (Ef 2,16)
Alguns
falsos apóstolos são inimigos da cruz de Cristo (Fl 3,18).
Esses
inimigos não têm a noção do verdadeiro e infinito significado da cruz.
Na
cruz o ódio da humanidade se contrapõe ao amor de Deus.
Nessa
mesma cruz o amor de Deus se contrapõe ao ódio da humanidade.
E
a morte e o pecado são derrotados na glória da ressurreição.
Deus
anulou a dívida da humanidade para consigo, pregando Jesus Cristo na cruz.
Isto
é, fazendo-O vítima para pagamento dessa dívida (Cl 2,14).
Aqueles
que pertencem a Jesus Cristo “crucificam a carne”, ou seja, dominam eficazmente
as paixões sensuais da natureza e aceitam a renúncia e o desapego.
Por
meio da cruz de Jesus Cristo, São Paulo é crucificado para o mundo e o mundo é
crucificado para Paulo (Gl 6,14).
Essa
metáfora utilizada por São Paulo indica uma renúncia completa: o mundo é a cruz
sobre a qual a vida de São Paulo é sacrificada.
São
Paulo, o apóstolo de Cristo. “O leão”. Como a ele se referiu Santo Agostinho.
Portanto,
trazendo para a nossa realidade de hoje, devemos, também, ser pessoas nas quais
o amor de Deus tenha a intensidade suficiente para nos conservarmos apóstolos
solícitos em comunicar ao maior número possível de almas os ardores da
caridade.
Se
o nosso apostolado visasse tão-somente a fazer bons cristãos, como seria
acanhado nosso ideal!
São
legiões de seguidores de Jesus Cristo que nós devemos criar, a fim de que essa
célula fundamental da sociedade, que chamamos de família, se torne por sua vez
um centro de apostolado.
Lc
12,54-59
Não
se faça de desentendido!
Lucas 12
54 E dizia também à multidão:
Quando vedes a nuvem que vem do ocidente, logo dizeis: Lá vem chuva, e assim
sucede.
55 E, quando assopra o Sul,
dizeis: Haverá calma; e assim sucede.
56 Hipócritas, sabeis discernir
a face da terra e do céu; como não sabeis então discernir este tempo?
57 E por que não julgais também
por vós mesmos o que é justo?
58 Quando, pois, vais com o teu
adversário ao magistrado, procure entrar em acordo como ele no caminho, para
que não suceda que te conduza ao juiz, e o juiz te entregue ao meirinho, e o
meirinho te encerre na prisão.
59 Eu te digo, não sairás de lá
antes de pagares o último centavo”
Enquanto
estamos a caminho. O tempo que temos é agora.
Mc
8, 36-38
Nenhuma
arte humana, por maravilhosa que seja, é comparável à ação de Jesus Cristo.
Portanto, somos servos inúteis a quem Deus nos dá a graça de servir.
Conforme
dito na epístola de São Paulo aos Gálatas (Gl 3,1) Jesus Cristo nos é
apresentado na sua morte redentora e sua imagem na cruz nos é desenhada diante
de nossos próprios olhos, todos os dias no sacrifício eucarístico.
Concluo,
com as palavras do próprio Jesus Cristo
Em
verdade vos digo que estão aqui presentes alguns que não provarão a morte até
que vejam o Reino de Deus chegando com poder (Mc 9,1)