quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

A importância do Introdutor no RICA


Trata-se, pois, de um ensaio que visa elencar as ações necessárias para estabelecer as características e particularidades do perfil desejado para o exercício da importante atividade de Introdutor dentro do processo Catecumenal.
O presente trabalho visa oferecer uma contribuição pragmática para a formação e desenvolvimento de uma comunidade catequética inspirada no Ritual de Iniciação Cristã de Adultos.
Durante diversos encontros dos quais participei sempre pude verificar a necessidade de desenvolver sugestões para a melhoria do processo de Iniciação à Vida Cristã, particularmente no que se relaciona ao processo de Inspiração Catecumenal.
Como ativo participante da catequese sempre foi meu desejo dedicar uma parte de meu tempo a este tema de estudo tão importante.
Podemos abordar o tema em duas frentes específicas. Uma de cunho interno, onde se destacam os elementos do papel do Introdutor nas celebrações litúrgicas e, outro, de cunho externo onde se podem estabelecer os vínculos comunitários do introdutor e os procedimentos necessários ao bom atendimento e operacionalização do R.I.C.A.
        As perguntas que se colocam são as seguintes:
a)    A existência do Introdutor contribui para a articulação da ação catequética com as outras dimensões pastorais da Igreja (litúrgica comunitário-participativa, missionária, dialogal-ecumênica e sociotransformadora)?
b)    A presença do Introdutor estimula a atividade catequética, principalmente onde as comunidades sentem mais dificuldade na promoção da educação da fé?
c)    Existem diferenças a serem observadas na escolha do Introdutor em decorrência das condições geográficas e sociais da ação catequética?

        No que se relaciona aos questionamentos acima expostos temos as seguintes assertivas:
a)    O Introdutor contribui para a existência de uma pastoral de conjunto.
b)    O Introdutor é um importante elo que estimula a atividade catequética.
c)    O perfil do Introdutor deve estar alinhado com a ação catequética a ser desempenhada em diferentes realidades sociais e geográficas.
A catequese vem recebendo da Igreja no Brasil uma crescente valorização. Comprovam-no os documentos, cursos, encontros, celebrações, mobilizações, livros, revistas e tantas outras iniciativas. Portanto, ao efetuar um trabalho na linha de consolidar em nossas comunidades o processo de Iniciação à vida Cristã estamos nos dedicando a um dos temas mais desafiadores da nossa ação evangelizadora.
Como levar as pessoas a um contato vivo e pessoal com Jesus Cristo? Como fazê-las mergulhar nas riquezas do Evangelho? Como iniciá-las verdadeira e eficazmente na vida da comunidade cristã e fazê-las participar da vida divina, cuja expressão maior são os sacramentos da iniciação? Como realizar uma iniciação de tal modo que os fiéis perseverem na comunidade cristã? Como formar verdadeiros discípulos-missionários de Jesus?
O esforço de desenvolver este tema encontra sua justificativa na necessidade de tornar conhecidos os elos imprescindíveis à construção de uma comunidade cristã autêntica onde surge a nova e não suficientemente esclarecida figura do Introdutor, cujo papel vai muito além da preparação do catequizando para recebimento dos sacramentos e se torna elo fundamental no processo e dinâmica de introdução do catecúmeno na realidade paroquial.
              Assim, como objetivo geral, o tema busca estabelecer os limites de atuação do Introdutor no processo de operacionalização do Ritual de Iniciação Cristã de Adultos, bem como estabelecer o perfil desejado para exercer o papel de Introdutor, sopesados os diversos aspectos relacionados às realidades sociais e geográficas envolvidas.
              Finalmente, elencamos abaixo as ações que poderão contribuir para o fortalecimento do introdutor no processo do R.I.C.A:
a)    Elencar os procedimentos e rituais que contribuem para melhor atuação do Introdutor.
b)    Incentivar a participação do Introdutor em círculos bíblicos para que aprofundem sua fé.
c)    Estabelecer plano metodológico a ser observado para uma visão geral e atuação local.
d)    Apresentar pontos positivos da atuação do Introdutor que devam ser disseminados e reforçados.
e)    Demonstrar pontos negativos identificados na ação do Introdutor que devam ser evitados e eliminados.
f)     Definir critérios objetivos para escolha e eleição dos introdutores.
              Caso você tenha sugestões, gostaria de receber seus comentários.
              Obrigado.


Leituras Sugeridas:
CONGREGAÇÃO PARA O CLERO. Diretório Geral para a Catequese. 5. ed. São Paulo: Paulinas, 2009.
CNBB.  Diretório Nacional de Catequese. 2. ed. São Paulo: Paulinas, 2006.
_____. Iniciação à Vida Cristã: Um processo de Inspiração Catecumenal. Brasília: Edições CNBB, 2009.
_____.  Viver em Cristo: Caminho da fé para adultos. São Paulo: Paulinas, 2006.
NÚCLEO DE CATEQUESE PAULINAS - Nucap. Testemunhas do Reino: Catecumenato Crismal. 3. ed. São Paulo: Paulinas, 2009.
RIXEN, Dom Eugenio; VILLALBA, Margareth. Catequese Familiar. Petrópolis: Vozes, 2009.
SILVA, Dom Eduardo Pinheiro. Projeto Pessoal de Vida. Brasília: Cisbrasil, 2009.
ZORZI, Pe. Lúcio. Catecumenato Crismal. 14. ed. São Paulo: Paulinas, 2007.


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