Trata-se, pois, de um
ensaio que visa elencar as ações necessárias para estabelecer as
características e particularidades do perfil desejado para o exercício da
importante atividade de Introdutor dentro do processo Catecumenal.
O presente trabalho
visa oferecer uma contribuição pragmática para a formação e desenvolvimento de
uma comunidade catequética inspirada no Ritual de Iniciação Cristã de Adultos.
Durante diversos encontros
dos quais participei sempre pude verificar a necessidade de desenvolver sugestões
para a melhoria do processo de Iniciação à Vida Cristã, particularmente no que
se relaciona ao processo de Inspiração Catecumenal.
Como ativo participante
da catequese sempre foi meu desejo dedicar uma parte de meu tempo a este tema de
estudo tão importante.
Podemos abordar o tema
em duas frentes específicas. Uma de cunho interno, onde se destacam os
elementos do papel do Introdutor nas celebrações litúrgicas e, outro, de cunho externo
onde se podem estabelecer os vínculos comunitários do introdutor e os
procedimentos necessários ao bom atendimento e operacionalização do R.I.C.A.
As perguntas que se colocam são as
seguintes:
a)
A
existência do Introdutor contribui para a articulação da ação catequética com
as outras dimensões pastorais da Igreja (litúrgica comunitário-participativa,
missionária, dialogal-ecumênica e sociotransformadora)?
b)
A
presença do Introdutor estimula a atividade catequética, principalmente onde as
comunidades sentem mais dificuldade na promoção da educação da fé?
c)
Existem
diferenças a serem observadas na escolha do Introdutor em decorrência das
condições geográficas e sociais da ação catequética?
No que se relaciona aos questionamentos
acima expostos temos as seguintes assertivas:
a)
O
Introdutor contribui para a existência de uma pastoral de conjunto.
b)
O
Introdutor é um importante elo que estimula a atividade catequética.
c)
O
perfil do Introdutor deve estar alinhado com a ação catequética a ser
desempenhada em diferentes realidades sociais e geográficas.
A catequese vem
recebendo da Igreja no Brasil uma crescente valorização. Comprovam-no os
documentos, cursos, encontros, celebrações, mobilizações, livros, revistas e
tantas outras iniciativas. Portanto, ao efetuar um trabalho na linha de
consolidar em nossas comunidades o processo de Iniciação à vida Cristã estamos
nos dedicando a um dos temas mais desafiadores da nossa ação evangelizadora.
Como levar as pessoas
a um contato vivo e pessoal com Jesus Cristo? Como fazê-las mergulhar nas
riquezas do Evangelho? Como iniciá-las verdadeira e eficazmente na vida da
comunidade cristã e fazê-las participar da vida divina, cuja expressão maior
são os sacramentos da iniciação? Como realizar uma iniciação de tal modo que os
fiéis perseverem na comunidade cristã? Como formar verdadeiros
discípulos-missionários de Jesus?
O esforço de desenvolver
este tema encontra sua justificativa na necessidade de tornar conhecidos os
elos imprescindíveis à construção de uma comunidade cristã autêntica onde surge
a nova e não suficientemente esclarecida figura do Introdutor, cujo papel vai
muito além da preparação do catequizando para recebimento dos sacramentos e se
torna elo fundamental no processo e dinâmica de introdução do catecúmeno na
realidade paroquial.
Assim,
como objetivo geral, o tema busca estabelecer os limites de atuação do
Introdutor no processo de operacionalização do Ritual de Iniciação Cristã de
Adultos, bem como estabelecer o perfil desejado para exercer o papel de
Introdutor, sopesados os diversos aspectos relacionados às realidades sociais e
geográficas envolvidas.
Finalmente,
elencamos abaixo as ações que poderão contribuir para o fortalecimento do introdutor
no processo do R.I.C.A:
a)
Elencar
os procedimentos e rituais que contribuem para melhor atuação do Introdutor.
b)
Incentivar
a participação do Introdutor em círculos bíblicos para que aprofundem sua fé.
c)
Estabelecer
plano metodológico a ser observado para uma visão geral e atuação local.
d)
Apresentar
pontos positivos da atuação do Introdutor que devam ser disseminados e
reforçados.
e)
Demonstrar
pontos negativos identificados na ação do Introdutor que devam ser evitados e
eliminados.
f)
Definir
critérios objetivos para escolha e eleição dos introdutores.
Caso
você tenha sugestões, gostaria de receber seus comentários.
Obrigado.
Leituras Sugeridas:
CONGREGAÇÃO PARA O
CLERO. Diretório Geral para a Catequese.
5. ed. São Paulo: Paulinas, 2009.
CNBB. Diretório
Nacional de Catequese. 2. ed. São Paulo: Paulinas, 2006.
_____. Iniciação à Vida Cristã: Um processo de
Inspiração Catecumenal. Brasília: Edições CNBB, 2009.
_____. Viver em Cristo: Caminho da fé para adultos.
São Paulo: Paulinas, 2006.
NÚCLEO DE CATEQUESE
PAULINAS - Nucap. Testemunhas do Reino:
Catecumenato Crismal. 3. ed. São Paulo: Paulinas, 2009.
RIXEN, Dom Eugenio;
VILLALBA, Margareth. Catequese Familiar.
Petrópolis: Vozes, 2009.
SILVA, Dom Eduardo
Pinheiro. Projeto Pessoal de Vida.
Brasília: Cisbrasil, 2009.
ZORZI, Pe. Lúcio. Catecumenato
Crismal. 14.
ed. São Paulo: Paulinas, 2007.
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