A “Mercantilização” de Tudo e de Todos
Determinadas
atividades têm menor ou maior valorização de acordo com os incentivos ou
vantagens que apresentam ao mercado. Com o surgimento da economia de mercado,
não só tudo “o que é produzido é para se vender no mercado, mas também o
trabalho, a terra e o próprio dinheiro. A crescente mercantilização de todas as
coisas transforma a sociedade em uma sociedade de mercado” (GASDA, 2014, p.
54).
Analisando os
efeitos produzidos pela racionalidade econômica sobre o trabalho, pode-se notar
que lhe foi conferido um conteúdo muito restrito. A atividade produtiva foi
separada de seu sentido, de suas motivações e de seu objeto para converter-se
em simples meio de ganhar o salário. A satisfação do trabalho e o prazer da criatividade
são eliminados em benefício das satisfações que somente o dinheiro pode
comprar.
O
tempo é, também, outro importante fator no racional econômico. A invenção do
relógio mecânico “tornara possível a mensuração dos períodos de trabalho e,
conseqüentemente, o controle da “produtividade” [1] do
trabalho assalariado” (GASDA, 2014, p. 84).
O controle do tempo é fundamental para os processos produtivos. “A
racionalização desses processos passa pela organização e pela compreensão do
tempo que se leva para produzir as mercadorias” (VILHENA, 2012, p. 111).
O mundo parece tão
unido em assuntos econômicos, mas mostra-se fragmentando em assuntos de
religião. Isso acontece porque no mercado da economia “tudo se torna mercadoria
com um valor que é medido pelo dinheiro. O dinheiro é a única coisa que
interliga todo o processo” (AHNER, 2009, p. 406). Ele é a primeira e até agora
a única “linguagem” universal completamente bem-sucedida. “A verdade é que o
dinheiro é a invenção mais extraordinariamente sutil e exata para definir o que
as pessoas realmente querem” [2].
Nenhum comentário:
Postar um comentário