Castidade do Jovem
Nos
dias de hoje é grande a dificuldade que as famílias católicas encontram para
transmitir aos jovens o valor da castidade e a importância da construção do
autodomínio. Desta forma, considerando que somos chamados a dar razão da nossa
esperança (1 Pd 3,15), o presente trabalho busca apresentar os elementos sociais,
morais e religiosos que contribuem para que a castidade seja um marco
importante na formação, na harmonia e no amadurecimento da personalidade de
nossos jovens.
Nossa
primeira grande vocação é a vida. Em seguida, é o amor, ato que realiza mais
plenamente a existência humana. De maneira específica, o amor entre a mulher e
o homem é uma relação recíproca baseada na atitude individual e comum deles a
respeito de um bem. Com efeito, uma pessoa normal necessita de alguém para comunicar-se,
trocar idéias, permutar experiências de vida, caminhar lado a lado como amigos.
No caso de um homem e de uma mulher, caso seja a vocação de ambos, irão formar
um lar, gerar e educar filhos, expressar o próprio amor na intimidade do casal.
A Palavra de Deus é clara: “Não é bom que o homem esteja só” (Gn 2,18).
A
sexualidade humana é um dom de Deus, um valor e não um mal menor. “Deus poderia
ter prescindido do homem e da mulher para povoar a terra. Ele optou por
criá-los sexuados, diferentes e complementares. Não há na sexualidade humana,
na mútua atração do homem e da mulher, nada que em si mesmo desmereça a obra
criadora de Deus” (CASTANHO, 2005). Ela dignifica a espécie, porque confere ao
homem e à mulher uma participação na obra sábia, onipotente e amorosa de Deus.
Por sua sexualidade masculina e feminina, ambos tornaram-se coparticipantes do
poder de transmitir a vida de que Deus é o princípio. Assim, qualquer visão
negativa e maniqueísta da sexualidade afronta a obra de Deus criador.
A
Castidade é uma atitude e, neste sentido, é uma virtude. Trata-se de uma
capacidade prática, que torna a pessoa apta para atuar de um modo determinado. “Para
ter esta capacidade, ou atitude, obviamente deve estar arraigada na vontade, no
fundamento do querer e do atuar consciente da pessoa” (FUENTES, 2006).
Sexualidade Humana
Há
entre a sexualidade humana e a dos animais algumas identidades e diferenças, os
irracionais machos têm o instinto que os leva a buscar a união com uma fêmea
visando à reprodução. Nas espécies mais evoluídas e próximas ao homem, o
acasalamento dá-se nos dias do cio. Instintivos entre os animais, os
acasalamentos são incontroláveis e inconscientes. As espécies animais fazem
exatamente o que deve ser feito, nada opondo aos planos e finalidades da
natureza e do próprio Deus.
Deus
não colocaria um impulso no homem para atrapalhá-lo. Colocou o impulso da
nutrição para o homem se fortificar. Colocou o impulso de conservação para o
homem resistir à morte. Comer proporciona prazer, mas a alimentação não visa o
mero prazer. “Também o impulso sexual causa prazer, mas o fim dele não é o
prazer. O fim dele é a multiplicação do próprio homem. ” (MOHANA, 2002). Assim, todos os animais têm esses três
instintos e se regem por leis rígidas.
Por
que então o animal homem não se controla? Por que instala a desordem dentro do
impulso? Imaginar que o rapaz tem de se desafogar no sexo é ligar o fim do sexo
exclusivamente ao prazer, “é supor que o homem nasce com um par de testículos
só para gozar. É pena que bons rapazes pensem assim” (MOHANA, 2002).
No
campo da medicina, vários são os depoimentos e entendimentos no sentido de que
os jovens devem ser alertados de que não somente a castidade e a continência são possíveis e não são
nocivas, mas também que estas virtudes são as mais recomendáveis sob o ponto de
vista simplesmente médico e higiênico.
A
experiência de alguns jovens de guardar a castidade enriqueceu suas vidas e os aparelhou
para vencerem em todos os setores. Porque o autocontrole exercita a vontade e
torna o jovem apto para superar problemas futuros, quer em casa, quer na rua. Não terá tendência ao desânimo, à fuga. Tudo isso concorre para um sentimento nítido de
valorização pessoal. A castidade cristã é incompatível com a empáfia e o jovem naturalmente
refletirá no exterior o brilho interior de sua personalidade.
A
verdadeira castidade não é uma cadeia de complexo, mas, uma ponte de libertação.
A opção pela castidade produz no jovem a paz interior e desenvolve nele forças
físicas e mentais, capazes de servir de estímulo à execução de tarefas
mecânicas e intelectuais. Ainda, favorece em grau máximo o amadurecimento
sexual através do clima que cria para o amadurecimento humano, tanto nos
fatores corporais (somáticos) como nos psíquicos e emocionais. O amor ativo e
concreto, não faz aos outros aquilo que não quer que lhe façam.
Tomemos
apenas um exemplo: o que ensina a vida nupcial da quase totalidade dos astros
da tela? Ensina que a vida sexual precoce não garantiu o êxito conjugal de
nenhum deles. Pelo contrário, é assombroso o número de experiências fracassadas.
Assim é que se transmuda em veneno mortal a fonte da vida. Aqui se confunde
amor com sensualidade, altruísmo com desejo, sentimento com posse física.
Numa
pesquisa realizada entre universitários norte-americanos perguntava-se o que
era que julgariam certo ou errado em matéria sexual. A maioria respondeu que “errado
é tudo aquilo que provoca desconfiança, falsidade e duplicidade; que separa,
que desune, que diminui o respeito; que motive a exploração mútua, que frustre
ou mutile a capacidade da pessoa” (CALLUF, 1968).
De fato, o
ajustamento sexual não é uma conquista simples, e quando prejudicado pela
desconfiança é quase impossível de ser conseguido. Ora, a castidade nos tempos
de solteiro é o antídoto fulminante contra a desconfiança. O rapaz ou a moça habituados
à polivalência da irresponsabilidade sexual dificilmente conseguirão se submeter
à monovalência da fidelidade conjugal. Esse preparou o terreno para temores,
ciúmes, suspeitas, incompreensões, ironias, rusgas, queixas,
discussões – matéria-prima da separação ou do inferno doméstico. Está
comprometida não só a fidelidade conjugal. Está comprometida a fidelidade
familiar.
O
jovem, que é inteligente, já deve ter percebido o incomparável destino da
castidade, a missão sem preço para todo rapaz e toda moça – a castidade existe,
da parte do rapaz, para preparar um homem único para uma mulher única; e
existe, da parte da moça, para preparar uma mulher única para um homem único. É
essa a tendência de todo rapaz e de toda moça que ama. Ter a sua amada e o seu
amado.
Por
mais que a alta safadeza social queira entrar lá no fundo do coração dos jovens
e destruir esse desejo, saqueiam em vão, por que cada época se estarrece com
mais de um “Romeu e Julieta”. Os jovens são assim porque esse é o destino do
amor. O amor pede um só amado, uma só
amada. Por isso é que o amor pede castidade. Por isso é que a castidade existe
para o amor. Por isso que o “amor livre” não é amor nem é livre. É
irresponsabilidade.
Ao dar ao ser humano uma
inteligência angélica e instintos zoológicos, Deus criou dentro de nós as
condições de uma saudável batalha. É importante que cada rapaz e cada moça trave
essa batalha e se valorize pelas vitórias internas. “Dizem que se pedir a Deus
qualidades, ele nos manda oportunidades de adquiri-las” (MOHANA, 2002)
“Amor Livre” (nem amor e nem livre)
A
sexualidade humana fica adormecida durante os anos da infância. Meninos e
meninas brincam e convivem como se entre eles não houvesse diferenças sexuais,
que na realidade existem, porém adormecidas. Pouco a pouco as forças da
sexualidade vão despertando. A mulher está apta para gerar uma nova vida quando
tem início a sua menstruação. Esse momento é sempre um pouco traumático se ela
não for preparada pela própria mãe.
No
caso dos meninos, as manifestações da própria sexualidade chegam antes. As
estatísticas provam que os adolescentes com os seus 14 ou 15 anos partem para
experiências sexuais ou provocam em si mesmos o prazer erótico.
Na
convivência fora do lar, especialmente na escola e na rua, com adolescentes e
jovens, multiplicam-se toques e atitudes que podem levar a intimidade sexual
entre ambos. “Os incentivos vêm dos colegas, das leituras de certas revistas,
de vídeos e de programas televisivos, de livres opções de namorados e, a cada
dia mais frequentemente, em virtude de ampla publicidade e distribuição de
preservativos, que envolve um subliminar incentivo à vida sexual imatura e
irresponsável” (CASTANHO 2005).
É
frequente os jovens e adolescentes não estarem nem fisiológica nem
psicologicamente preparados para o exercício de sua genitalidade.
Lamentavelmente, há pais que têm a ousadia de incentivar os filhos a ter as
primeiras experiências de sua vida sexual.
Há escolas em que a informação sexual se transforma em incentivo à vida
sexual. O clima da sociedade ocidental em que vivemos não é propício para o
autocontrole nem para a castidade dos jovens. Tudo parece conspirar contra uma
reta sexualidade no tempo e momento adequado.
Fazendo
uma análise da realidade atual, temos que essa virtude está em situação de
descrédito em nossa sociedade. No Brasil, até 1960, a virgindade da mulher
solteira era considerada um valor e era sustentada pelas famílias. Não havia,
entretanto, a mesma exigência para os rapazes, sendo natural e até desejável
que adquirissem experiência sexual na adolescência. Isso configurava uma grande
hipocrisia da sociedade, pois se ele não podia ter relações sexuais com a
namorada, deveria então procurar uma prostituta, que era e continua sendo uma
figura marginalizada.
Três
fatores contribuíram fortemente para a mudança desse cenário na década de 70 do
século passado, na esteira do que acontecera nos EUA, onde ocorreu a chamada
revolução sexual, nos anos 60. Houve o movimento feminista (liberdade sexual) e
os hippies com o lema “paz e amor” (amor livre). Outro fator de importância
determinante foi a popularização da pílula anticoncepcional.
Essa
noção de liberdade equivocada e o despreparo dos pais para formar os filhos
para a castidade levou à cultura ocidental atual, na qual é normal começar a
prática do ato sexual na adolescência, desde que se use o preservativo. E isso
não se faz escondido dos pais, mas com o conhecimento e, em muitos casos, com o
apoio deles.
Um
estudo realizado nos EUA sobre o problema da promiscuidade sexual entre adolescentes,
mostrou números alarmantes. A população de adolescentes com 15 anos, que já
mantiveram relações sexuais subiu de 2,5% (1955) para 27% (1987); com 16 anos
de 7,5% para 33%, com 17 anos de 14% para 50% e com 18 anos de 23% para 70%,
respectivamente (FUENTES, 2006)
No
Brasil, uma pesquisa realizada entre 2001 e 2002 entrevistou 4.634 jovens,
entre 18 e 24 anos, nas cidades de Porto Alegre, Rio de Janeiro e Salvador e
mostrou que apenas 587 jovens se declararam virgens. Os demais, na primeira
relação sexual, o parceiro foi predominantemente o namorado, companheiro ou esposo
para as moças e a pessoa com que “ficou” ou garota de programa para os rapazes.
Nossa
cultura está quase totalmente genitalizada. Os anúncios comerciais, filmes,
novelas e programas de entretenimento estão carregados de conteúdo erótico,
quando não exibem explicitamente imagens pornográficas. E a imagem visual é um
elemento condicionante e impactante na psicologia humana, que dificilmente se
apaga, retornando ocasionalmente à memória sensitiva da pessoa. (FUENTES, 2006)
A
sexualidade desordenada tornou-se uma obsessão para muitas pessoas, é uma idéia
obsessiva e exaustiva. Muitos acabam com problemas reais psíquicos, com um
comportamento oposto à virtude que é o vício, sendo escravo e não sendo dona de
si mesma.
A Castidade na Tradição da Igreja
Na obra
Confissões, Santo Agostinho relata sua trajetória até a descoberta de Deus e
afirma que só Ele conhece verdadeiramente o homem e só nele encontra a
felicidade. Ensina que Deus nos propõe a continência, porque é graças a ela que
nos reunimos e nos reconduzimos à unidade (integração), da qual nos afastamos
para nos perder na multiplicidade. “Pouco te ama aquele que ao mesmo tempo ama
outra criatura, sem amá-la por tua causa... Tu me ordenas a continência:
concede-me o que ordenas e ordenas o que quiseres” (AGOSTINHO, Confissões,
Livro X n. 40). Para ele a castidade é um movimento ordenado da alma, que não
submete os bens maiores aos menores.
Sobre
a concupiscência da carne, Santo Agostinho relata que sobrevivem na sua memória
as imagens dos prazeres a que se entregou na juventude. Como conheceu em Deus
um bem infinitamente superior, quando acordado essas memórias não tem força
para desviá-lo, embora durante o sono suscitem o prazer. É claro que nessa
situação não existe consentimento, não é ato da vontade, mas serve para
demonstrar como as paixões subsistem em nossa mente, mesmo depois de dominadas.
Citando
Aristóteles, em sua Suma Teológica, São Tomás de Aquino declara que o termo
castidade deriva do fato de a razão “castigar” a concupiscência, que precisa
ser corrigida como uma criança. Conclui que a virtude humana consiste,
essencialmente, em ser regulada pela razão, logo, é evidente que a castidade é
uma virtude (Suma Teológica, II-II, q. 151, a1, co.). Para ele a castidade tem
sua sede na alma, mas sua matéria é o corpo, pois ela tem como função fazer que
se use moderadamente os membros do corpo, segundo o juízo da razão e a decisão
da vontade.
Reflete que quanto
mais necessária for uma coisa, tanto mais necessário é que a ordem da razão
seja observada; portanto, será mais viciosa, quanto mais se esquecer a ordem
racional. A atividade sexual é extremamente necessária ao bem comum, qual seja,
a conservação da espécie, por isso deve ser muito respeitada nessa matéria a
ordem da razão e, consequentemente, será vicioso o que se fizer contra essa ordem.
É próprio da luxúria exceder a medida e a ordem da razão nos atos sexuais,
logo, sem dúvida alguma, a luxúria é pecado (Suma Teológica II-II, p. 153, a3
co.). Afirma que os prazeres sexuais luxuriosos são os que mais degradam a
mente humana.
Em sua doutrina
sobre as virtudes, São Tomás vê de modo direto o objeto da pureza na faculdade
do desejo sensível, ao qual chama de apetite concupiscível. Essa faculdade deve
ser particularmente dominada, ordenada e tornada capaz de atuar de modo
conforme à virtude, a fim de que a pureza possa ser atribuída ao homem. Segundo
essa concepção, a pureza consiste, antes de tudo, em conter os impulsos do
desejo sensível, que tem como objeto o que no homem é corporal e sexual. A
pureza é uma variante da temperança (JOÃO PAULO II, catequese de 28.01.1981).
Castidade e o Magistério da Igreja
A
Mãe Igreja, com base na Revelação, ensina que o ato sexual fora do casamento é
gravemente contrário à dignidade das pessoas e da sexualidade humana,
naturalmente ordenada para o bem dos esposos, bem como para a geração e a
educação dos filhos. (Catecismo da Igreja Católica n 2353)
O
Diretório da Pastoral da Família defende que a inclinação afetiva tem uma
essencial tendência heterossexual, na qual reside a condição da
complementariedade plena, tanto na sua dimensão corpóreo-sexual, como na sua
profundidade pessoal, afetiva e espiritual. Assim, todos os aspectos, corporais
e espirituais, devem ser orientados para a comunhão plena de duas pessoas, de
duas vidas. Ademais, destaca que, segundo a antropologia e a psiquiatria
experimental contemporânea, quando se marginaliza o compromisso afetivo nas relações
interpessoais, a relação humana perturba-se e desce a um nível mais baixo do
que o das relações entre animais. O homem e a mulher, quando se tratam como
objetos, cometem uma violência contra a essência da sua humanidade. Na
sexualidade humana ditada apenas pelo instinto, que tem como meta o alívio da
libido, a escolha do parceiro se dá a partir de estímulos sensíveis, sem
qualquer envolvimento sentimental. A realização pessoal é fugaz, física e a
fecundidade é meramente acidental.
O
Catecismo da Igreja Católica deixa claro que a união livre destrói a ideia de
família e é contrária à lei moral e exclui da comunhão sacramental. O amor
humano não tolera a “experiência”, exige uma doação total e definitiva das
pessoas entre si. Sua meta é a comunhão e o sentimento é o da oblação da
própria vida. É o mandamento novo de Jesus: “Amai-vos uns aos outros como eu
vos amei” (Jo 13,14). É sair de si mesmo, em direção ao outro, comprometendo-se
e acolhendo-o no que ele tem de único e irrepetível.
O
Conselho Pontifício para a Família publicou o documento “Sexualidade Humana:
Verdade e Significado”, sob a forma de orientações educativas para a família. A
par das dificuldades enfrentadas pelos pais na educação sexual dos filhos,
lembra que eles não podem fugir do seu dever e direito de primeiros educadores.
A
Declaração Persona Humana sobre Alguns Pontos de Ética Sexual fala dos
princípios fundamentais contidos na lei natural e na lei revelada, recordando
que existe uma verdade imutável, baseada na natureza do homem. Não pode haver
verdadeira promoção da dignidade do homem, senão com o respeito da ordem
essencial da sua natureza. A evolução dos costumes deve ser mantida dentro dos
limites que impõem os princípios imutáveis fundados nos elementos constitutivos
e nas relações essenciais de toda a pessoa humana.[1]
O Desafio na Busca da Verdade
Sobre a castidade,
vivemos no antigo preconceito romântico que a felicidade suprema, o grande
interesse “consiste nas satisfações dos sentidos do relacionamento homem e
mulher” (CANTALAMESSA, 2002). Entretanto, a alma é uma realidade igualmente
forte, tão exigente quanto a carne, e se concedemos a essa tudo quanto exige,
nós o fazemos em detrimento de outras alegrias, de outras regiões luminosas que
ficarão para sempre fechadas. Ter muito claro na mente o que se quer alcançar é
o passo seguinte.
A inteligência é a
faculdade que determina o que é o bem, o que é a verdade. A vontade acompanhará
a inteligência naquilo que ela identificar como um bem. Podemos nos enganar e
confundir a mente, chegando a persuadi-la com uma “verdade” que, na realidade,
é falsa. As ideias, quando revestidas de modo atrativo, seduzem a inteligência.
Esse revestimento das ideias são os estados afetivos. Não existem ideias nuas,
puras, sempre se apresentam carregadas de emoções, paixões, sentimentos, que as
revestem, fazendo-as atraentes, convincentes ou repulsivas. Nesse sentido
devemos obrigar a nossa inteligência a buscar a verdade das coisas, pois muitas
ideias e programas nos são apresentados como verdades, quando se tratam apenas
de falácias bem estruturadas.
Mesmo sendo óbvio
que a verdade se impõe por si mesma, a cultura atual tem uma habilidade
especial para apresentar suas ideias e projetos de uma forma que esconde a
força da verdade, seduzindo-nos a aceitar e a seguir tudo quanto nos é
oferecido. Ainda que exista algo em nosso interior que nos alerte ao perceber a
mentira, a verdade não consegue se impor.
‘Torna-se imprescindível revestir bem as verdades, ligando-as a estados
afetivos positivos e motivadores, até que sintamos o desejo, o gosto e a firme
convicção de vivê-la” (BERGO, 2014). Se a verdade não foi bem alicerçada, não
será convincente e não poderá ser sustentada.
É necessário
olhar-se com honestidade, conhecer-se. “Vigiai e orai” (Mt 26,41) é o
ensinamento do Mestre. Vigiar, no caso, é observar-se, conhecer os próprios
pensamentos. Ao mesmo tempo, é necessário fortalecer a vontade. Nesse aspecto a
vontade é como um músculo que precisa ter o exercício na medida certa para
fortalecer-se (autodomínio).
Um dos meios
sugeridos pela Igreja é o jejum, ou outra mortificação, que deve ser bem
calculada, para que a pessoa não se imponha um ideal inalcançável, mas que
represente um esforço. Serão benéficas também outras práticas de ascese que o
próprio jovem pode definir. Concomitantemente, a oração e a frequência aos
sacramentos são importantes para a que a virtude natural seja ajudada pela
virtude sobrenatural. A castidade é uma virtude moral, mas é também um dom de
Deus, uma graça, um fruto da obra espiritual. “O Espírito Santo concede o dom
de imitar a pureza de Cristo àquele que foi regenerado pela água do Batismo” Catecismo
da Igreja Católica, n 2345). Ela possui leis de crescimento, que passa por
graus, marcados pela imperfeição e muitas vezes pelo pecado. “Dia a dia o homem
virtuoso e casto se constrói por meio de opções numerosas e livres. Assim, ele
conhece, ama e realiza o bem moral seguindo as etapas de um crescimento".
Muitos dos que se
convencem que a castidade não é importante “fazem-no porque não são capazes
dela” (CANTALAMESSA, 2012). Quando se pretende um valor mais elevado, exige-se
um esforço maior da vontade. Para se livrar subjetivamente desse esforço, para
justificar-nos a nós mesmos pela falta dessa virtude, diminuímos a sua
importância, recusando o valor que na realidade possui. Esse sentimento tem os
traços característicos da preguiça. Entretanto, a preguiça não falsifica o
valor do bem, mantém interiormente a verdade do seu valor. O ressentimento, que
é a negação do valor do bem, esse sim, falsifica a imagem do bem e deprecia seu
valor. Assim a pessoa não precisa esforçar-se para adquirir o verdadeiro bem e
pode admitir como bem aquilo que lhe convém, que é mais cômodo. O ressentimento
faz parte da mentalidade subjetiva em que o prazer desempenha as funções de
valor dominante (WOJTYLA, 1982.
Realidade da Igreja Particular
No
que se refere às práticas heterossexuais que ocorrem fora do matrimônio, não é
percebida grande diferença no comportamento adotado pelos jovens católicos. A
vivência sexual independente do matrimônio acontece também entre jovens
católicos e até muito mais do que a gente pensa. Isso se dá até mesmo com os
que têm funções específicas: “o exemplo dado por um sacerdote era o de uma
catequista, que apareceu grávida. Se nem sempre a prática sexual se dá de forma
explícita, sua existência se torna patente quanto acontecem estes casos”
(RIBEIRO, 2001).
Entretanto,
os padres observam um elemento que diferencia o comportamento dos jovens católicos
em relação a outros jovens. Neste caso há um controle maior, as práticas
sexuais não se dão com a mesma facilidade. Na perspectiva dos sacerdotes, tal
diferença se explicaria, porque existe uma maior compreensão do problema. Houve, portanto, uma mudança significativa no
comportamento sexual dos jovens, na perspectiva de uma liberalização.
Entretanto, o processo não é linear nem homogêneo: implica a persistência de
valores "tradicionais" junto com a emergência de novos valores;
inclui também diferenciações, conforme a classe social, o gênero e a pertença
religiosa.
Os
padres situam tal mudança no contexto da sociedade brasileira atual e acentuam
dois condicionamentos sociais cumulativos:
a)
Predominância
de uma cultura sexualmente permissiva, incentivada pela influência da mídia.
Neste caso, vale destacar que não se trata de um processo linear: alguns jovens
ainda preferem ter suas experiências sexuais às escondidas, para evitar
conflitos familiares. “Isto indicaria a permanência de alguns valores
tradicionais, que seguem vigentes embora nem sempre de forma explícita”
(RIBEIRO, 2001)
b)
Falta
de informação/formação dos jovens, atribuída, sobretudo às carências da
estrutura familiar.
Segundo pesquisa realizada pela socióloga
Lúcia Ribeiro as orientações dos padres situam-se em três esferas:
a)
Pregação da
ortodoxia:
identificada com a doutrina oficial. No que se refere à vivência da
sexualidade, preconiza que a mesma deve se dar, exclusivamente, no âmbito do
heterossexualismo e dentro do matrimônio. Foram poucos padres que se situam
nesta posição. O hiato entre o que prega a Igreja e a prática dos fiéis é
imenso, e os sacerdotes têm consciência disto.
b)
Silêncio
estratégico:
A diferença entre este tipo de orientação e a anterior não é doutrinal, mas
prática. Os padres que aqui se situam, embora não contestem a validade da
doutrina oficial, questionam sua aplicabilidade às situações concretas. Diante
desta questão específica, reconhecem a inutilidade de querer manter a ortodoxia:
você, não tem como dizer para o homem, o menino, a menina, ou o jovem: “olha,
se você namora não pode ter relação sexual”. “A gente pode até dizer isso, mas
eles não vão vivenciar”.
c)
Orientação
contextual:
Consiste em tentar dar uma orientação, a partir das especificidades de cada
contexto. É adotada pela maioria dos entrevistados. Observa-se certa
flexibilidade, que enfatiza a importância dos valores cristãos fundamentais,
mas que tenta traduzi-los às circunstâncias concretas. Tal posição implica
também certas margens de tolerância: em vez de uma atitude de condenação, está
presente a busca da melhor alternativa possível. Alguns dos sacerdotes,
inclusive, avançam ainda mais um passo, ao aceitar um comportamento que
extrapola a norma concreta da Igreja: isto significa, neste caso, admitir a
possiblidade de experiências sexuais antes do casamento. Entretanto, os padres
que adotam esta terceira posição têm consciência das dificuldades que esta
implica: eu acho que seria muito mais fácil dizer: “olha, a lei da Igreja é
essa, acabou, não tem papo”. Porque o que acontece é que a gente entra num
terreno que é realmente complicado, difícil. Este tipo de orientação
dificilmente se formaliza em público: a estratégia passa muito mais pela
orientação provada, através das conversas pessoais e do contato direto.
Educação para o Amor
O
amor é concebido por muitos como uma aventura do coração, portanto não precisa
e não pode ser ensinado. Assim concebido. Ele não passa de uma situação
psicológica que não se subordina às exigências da moralidade objetiva. Como
consequência, sua integração fica quase impossível. Na realidade o amor é uma
norma, da qual se deve deduzir o máximo valor da situação psicológica, para que
atinja a própria plenitude. A educação para o amor implica uma série de atos
interiores, em sua maior parte, profundamente pessoais. Tais atos tendem para
integração do amor dentro da pessoa e entre as pessoas.[2]
O
amor verdadeiro nunca é algo dado, é uma tarefa, uma construção a cada
instante. A base para a construção é aquilo que nasce espontaneamente, por isso
as vivências fundadas na sensualidade e na afetividade são a matéria-prima do
amor.
Primeiramente,
a família proporciona o clima afetivo que, nos primeiros anos da infância,
promovem os dinamismos emocionais e profundos das crianças. Nada induz tanto a
amar quando o saber-se amado. Adicionalmente, a harmonia do casal é fundamental.
Nas famílias cristãs, existe ainda a vivência do amor a Deus, o que facilita o
aprendizado. A educação para o amor “é ao mesmo tempo educação do espírito, da
sensibilidade e dos sentimentos”.[3]
Na
infância a criança está à vontade com o seu corpo, mas esse não é um período
desprovido de significado no seu desenvolvimento psico-sexual. A criança
aprende com os exemplos dos adultos o que é ser homem ou mulher.
Deve-se
instruir sobre o valor positivo da castidade e a capacidade de gerar verdadeiro
amor para com as pessoas, consoante os ensinamentos da Exortação Apostólica Familiaris Consortio:
“O conhecimento
deve conduzir à educação para o autocontrole: daqui a absoluta necessidade da
virtude da castidade e da permanente educação para ela. Segundo a visão cristã,
a castidade não significa de modo nenhum nem a recusa nem a falta de estima
pela sexualidade humana: ela significa antes a energia espiritual que sabe
defender o amor dos perigos do egoísmo e da agressividade e sabe volta-lo para
a sua plena realização”[4]
Os
cristãos são chamados a viver o dom da sexualidade segundo o plano de amor de
Deus e auxiliados por sua graça. Todo esse cuidado tornará os filhos capazes de
avaliar os ambientes que frequentam e as diversas situações da vida com sentido
crítico e de autonomia.
A
castidade representa uma tarefa eminentemente pessoal. Entretanto, ensina o
Catecismo da Igreja Católica, implica também um esforço cultural, porque o
homem desenvolve-se em todas as suas qualidades mediante a comunicação com os
outros. Supõe o respeito pelos direitos da pessoa, particularmente o de receber
uma informação e uma educação que respeitem as dimensões morais e espirituais
da vida humana (Catecismo da Igreja Católica, n. 2344).
Ela
é também, como as demais virtudes, uma educação no Espírito Santo, que ensina
de forma suave às almas que lhe são dóceis. Não é comportamento intermitente,
improvisado. É orientação conhecida, amada e seguida com constância e firmeza.
Quem deseja um coração puro não opõe resistência a ser plasmado pelo objeto de
amor, pelo bem, pelo fim, deixa-se cativar por ele e adere livremente às suas
exigências. Nesta constância, cresce a experiência que qualifica o gosto e a
alegria de agir.
O
domínio de si é um aprendizado que se inicia na infância e nunca está
completamente concluído. Entretanto, aquele que não foi educado no início da
vida não deve desanimar, sempre é tempo de começar.
A
castidade é uma parte da virtude da temperança. Temperança é a virtude cardeal
que tem em vista fazer depender da razão as paixões e os apetites da sensibilidade
humana: “A castidade implica uma aprendizagem do domínio de si, que é uma
pedagogia da liberdade humana. A alternativa é clara: ou o homem comanda as
suas paixões e alcança a paz, ou se deixa dominar por elas e torna-se infeliz”
(Catecismo da Igreja Católica, n. 2339).
O
homem faz a gradual experiência da própria dignidade e, mediante a temperança,
manifesta o próprio autodomínio e mostra realizar aquilo que nele é
essencialmente pessoal. E, além disso, experimenta gradualmente a liberdade do
dom, que por um lado é a condição, e por outro é a resposta do sujeito ao valor
esponsal do corpo humano, na sua feminilidade e na sua masculinidade.
A
pureza é exigência do amor, é a dimensão da sua verdade interior no “coração”
do homem. Na prática, não bastam as virtudes que diretamente se relacionam com
a matéria sexual. São necessárias outras qualidades que preparam o terreno à
castidade, como por exemplo, a generosidade, a capacidade de mortificação e de
renúncia, a humildade, a capacidade para perdoar. Estas qualidades têm muito a
ver entre si. “Não se pode, por exemplo, ser realmente casto se não é manso. O
que domina sua sensualidade dominará a ira, o rancor, os ciúmes e o egoísmo”
(FUENTES, 2006). E o egoísmo só nos prepara para uma coisa: o infortúnio.
No
Sermão da Montanha Cristo chama o homem a reencontrar, no fundamento dos significados
perenes daquilo que é “humano”, as formas vivas do “homem novo”. Cristo indica
com clareza que o caminhar deve ter presente a temperança e o domínio dos
desejos, isto na raiz, na esfera puramente interior. O ethos da redenção contém em todos os âmbitos o imperativo do
domínio de si, a necessidade de uma imediata continência e de uma habitual
temperança. (João Paulo II, Catequese de 03.12.1980).
O
pudor, entendido como sentimento de recato e de vergonha, especialmente no que
se refere à esfera sexual, representa elemento fundamental da personalidade. É
uma experiência instintiva de proteger o que consideramos íntimo, tanto em
nosso corpo como em nossas vivências pessoais. É um sinal de que devemos
atenuar ou retirar tudo aquilo que poderia suscitar a malícia nos demais e que
ameaça a transparência, a retidão de intenção e, consequentemente, a
espontaneidade em nossas relações com os outros. No plano moral, trata-se da
“consciência vigilante”. Desse modo o
pudor não é somente um mecanismo de proteção, mas também “órgão do
desenvolvimento espiritual” e o “mediador da unidade da alma com o corpo”.
O
pudor atinge a relação do homem consigo mesmo, com os outros e com o mundo. Seu
valor não é absoluto, nem mesmo na esfera sexual, já que neste campo a primazia
cabe ao amor, para o qual é orientado e ordenado o próprio pudor. Onde há amor,
o pudor se aperfeiçoa e amadurece, continua sendo, neste caso, o guardião
atendo do ser e o sinal de que se rejeita a redução do encontro amoroso à sua
mera dimensão corpórea. É uma reserva de intimidade, de segredo, de força,
gerador de força espiritual e, como tal, principalmente nos anos de formação da
personalidade, o baluarte mais seguro da vida moral. Se o pudor é força, o
impudor é fraqueza espiritual e até metafísica. Quem reduz a pessoa à
corporeidade desconhece seu sentido mais profundo e sua dimensão metafísica.
Quando
a vergonha desaparece, significa que a pessoa é experiente na delinquência, já
não pode esconder suas misérias.
A
castidade não deve ser confundida com beatice. Uma pessoa que vive castamente
não é um joguete dos seus desejos, mas vive conscientemente a sua sexualidade
pelo amor e como expressão desse amor. A falta de castidade enfraquece o amor e
obscurece o sentido. A Igreja Católica defende o princípio “ecológico”, isto é,
totalizante, da sexualidade: primeiro, contém o desejo sexual que é algo bom e
belo; segundo, o amor pessoal; terceiro, a vitalidade, ou seja, abertura aos
filhos. Tais aspectos são indissociáveis. Quando um homem tem uma mulher para o
prazer sexual, uma segunda para o romantismo e uma terceira para ter filhos,
ele instrumentaliza todas as três e não ama realmente nenhuma.
Uma
pessoa torna-se livre para o amor através da autodisciplina, que se deve adquirir,
exercitar e conservar em cada etapa da vida. Para isso contribui, em qualquer
situação, permanecer fiel aos Mandamentos de Deus, fugir ou guardar-se das
tentações, evitar toda a forma de vida dupla. Poder viver um amor puro e
indiviso é, portanto, uma graça e um maravilhoso dom de Deus.
Está claro que ninguém conseguirá
combater eficazmente o mau hábito se não adquirir a consciência de que a
pretensa “necessidade” é meramente fictícia, podendo ser debelada mediante reta
atitude de ânimo ou mediante firmeza de vontade (à qual jamais faltará a graça
de Deus). Caso alguém, talvez vencido pela vergonha, se disponha a reprimir o
vício da incontinência, julgando que vai sufocar um ímpeto vital com prejuízo
para a sua saúde, cairá naturalmente num estado de exacerbação nervosa ou de
neurastenia, acrescentando novo mal ao anterior.
Recomenda-se, igualmente, em vista
da conservação da castidade, a disciplina geral dos sentidos e dos prazeres: o
jovem se acautelará contra conversas, leituras e divertimentos tendenciosos ou
libertinos, os quais, contribuindo para amolecer o ânimo, só fazem diminuir ou
solapar o poder de resistência às paixões.
Além do mais, o cristão sempre
levará em conta o papel imprescindível da graça divina para a reforma dos
costumes e a aquisição das virtudes. Em consequência, na sua vida espiritual, o
discípulo de Cristo recorrerá à oração; a seguir, utilizará os múltiplos meios
de santificação que Cristo oferece aos seus fiéis na Santa Igreja (entre os
quais ocupam lugar primacial os sacramentos). A fidelidade ao Senhor será
sempre o grande esteio de uma vida humana nobre e reta; o amor a Deus vem a ser
a expressão por excelência do instinto de amor que todo ser humano experimenta
dentro de si e que tão espontaneamente tende a se atuar na vida sexual; esta será
digna e dignificante se for plenamente subordinada ao amor de Deus. “Conhecer a
Deus é viver, e servir a Deus é reinar”.
Conclusão
Vimos
que a castidade é um caminho seguro para chegar ao amor verdadeiro, base sobre
a qual se pode formar uma família estável. A pessoa que não aprende o
autodomínio terá maior dificuldade para viver a sua relação com o outro.
Assim, como
mandamento de Deus, há duas formas de obediência. A primeira é a de quem
reconhece o poder de quem manda e se submete e a segunda é a de quem reconhece
os valores que motivam a autoridade e assume esses valores como próprios, vendo
na obediência a grande forma de concretização desses valores. Jesus não veio
mudar a lei, mas mostrar as suas motivações, os seus valores, a fim de que a
sua observância não seja um jugo, mas uma forma de realização pessoal. Uma verdadeira
castidade não se poderá cultivar senão na base de conceitos claros e de noções
morais que o indivíduo procurará aprofundar continuamente e que ele aprenderá a
estimar.
Vivemos
em um ambiente social no qual já não se pode, para guardar a castidade, confiar
em proteções exteriores, como a separação dos sexos, a ausência de contato com
o mundo e as outras numerosas precauções com que, no passado, se rodeava a
observância desse voto. Hoje tudo isso depende em grande parte de cada pessoa e
pode basear-se apenas em fortes motivações pessoais. Mas, o desenvolvimento de
uma educação sexual firme e responsável, que busque mostrar o papel
insubstituível da virtude na realização como pessoas humanas e como herdeiros
da eternidade. Não há uma terceira escolha: ou o jovem converte a sexualidade
em força personalizadora ou ela há de perverter a juventude. Nesta aprendizagem
custosa haverá fracassos e recuos, mas isto mesmo irá ajudar no aprofundamento
e compreensão do sentido verdadeiro relacionado com o amor, a vida, a
fecundidade e a doação.
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