Jesus Cristo (Catecismo da Igreja Católica, 595 a 682):
JESUS MORREU CRUCIFICADO
O processo de
Jesus: Os judeus não são
coletivamente responsáveis pela morte de Jesus. Todos os pecadores foram
autores da Paixão de Cristo. “Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo
as Escrituras” (1 Cor 15, 3).
A morte redentora
de Cristo no desígnio divino de salvação: A nossa salvação procede da iniciativa amorosa de Deus em nosso favor,
pois “foi Ele que nos amou a nós e enviou o seu Filho como vítima de expiação
por nossos pecados» (1 Jo 4, 10). “Foi Deus que, em Cristo, reconciliou consigo
o mundo” (2 Cor 5, 19). Aquele que não conhecera o pecado, Deus o fez pecado
por causa de nós.
Cristo
ofereceu-se a seu Pai por nossos pecados: Jesus ofereceu-se livremente por nossa salvação. Este dom, ele o significa
e o realiza por antecipação durante a Última Ceia: “Isto é o meu Corpo, que será
dado por vós” (Lc 22, 19).
A morte de Cristo é o sacrifício único e definitivo: Nisto consiste a redenção de Cristo: Ele “veio
dar a sua vida em resgate pela multidão” (Mt 20, 28), quer dizer; veio “amar os
seus até ao fim” (Jo 13, 1), para que fossem libertos da má conduta herdada dos
seus pais.
Jesus substitui nossa desobediência por sua obediência: Pela sua obediência amorosa ao Pai, “até a
morte de cruz” (Fl 2, 8), Jesus cumpriu a missão expiatória do Servo sofredor,
que justifica as multidões, tomando sobre Si o peso das suas faltas (Is 53, 11).
Nossa Participação no Sacrifício de Cristo: A Cruz é o único
sacrifício de Cristo, “o único mediador entre Deus e os homens”. Fora da cruz
não existe outra escada por onde subir ao céu.
JESUS CRISTO FOI SEPULTADO
Cristo com seu
corpo na sepultura: Para benefício
de todos os homens, Jesus Cristo experimentou a morte. Foi, de verdade, o Filho
de Deus feito homem que morreu e foi sepultado.
“Não deixareis o vosso Santo sofrer a corrupção”: Durante a permanência de Jesus Cristo no
túmulo, a sua pessoa divina continuou a assumir tanto a alma como o corpo,
apesar de separados entre si pela morte. Por isso, o corpo de Jesus Cristo morto
«não sofreu a corrupção» (At 13,37).
“Sepultados com
Cristo”: O Batismo, cujo sinal original e pleno é a imersão, significa
eficazmente a descida ao túmulo, por parte do cristão que morre para o pecado
com Jesus Cristo, com vista a uma vida nova.
“JESUS CRISTO DESCEU AOS INFERNOS,
RESSUCITOU DOS MORTOS NO TERCEIRO DIA”
Jesus Cristo
desceu aos infernos: Na expressão
«Jesus desceu à mansão dos mortos», o Símbolo confessa que Jesus Cristo morreu
realmente, e que, por ter morrido por nós, venceu a morte e o Diabo “que tem o
poder da morte” (Hb 2, 14). Jesus Cristo morto, na sua alma unida à pessoa
divina, desceu à morada dos mortos. E abriu as portas do céu aos justos que o
haviam precedido.
NO TERCEIRO DIA RESSUSCITOU DOS MORTOS.
Acontecimento
histórico e transcendente: A fé na
ressurreição tem por objeto um acontecimento, ao mesmo tempo historicamente
testemunhado pelos discípulos (que realmente encontraram o Ressuscitado) e
misteriosamente transcendente, enquanto entrada da humanidade de Jesus Cristo
na glória de Deus.
O túmulo vazio e as aparições
do ressuscitado: O sepulcro
vazio e os lençóis deixados no chão significam por si mesmos que o corpo de Jesus Cristo escapou
aos laços da morte e da corrupção, pelo poder de Deus. E preparam os discípulos
para o encontro com o Ressuscitado.
A Ressurreição como acontecimento transcendente: Jesus Cristo,
“primogênito dentre os mortos” (Cl 1, 18), é o princípio da nossa própria
ressurreição, desde agora pela justificação da nossa alma, mais tarde pela vivificação do nosso corpo.
A Ressurreição é obra da Santíssima Trindade. Nela as três Pessoas Divinas agem
ao mesmo tempo, juntas e manifestam sua originalidade própria. Ela aconteceu
pelo poder do Pai que “ressuscitou” Jesus Cristo, seu Filho, e desta forma
introduziu de modo perfeito sua humanidade na Trindade.
Sentido e alcance salvífico da Ressurreição: A ressurreição
constitui antes de mais nada a confirmação de tudo quanto Jesus Cristo em
pessoa fez e ensinou. A ressurreição de Jesus Cristo é o cumprimento das promessas do Antigo
Testamento e do próprio Jesus Cristo, durante a sua vida terrena. Existe um duplo aspecto no mistério pascal:
pela sua morte, Jesus Cristo liberta-nos do pecado; pela sua ressurreição,
abre-nos o acesso a uma nova vida. Esta é, antes de mais, a justificação, que nos repõe na
graça de Deus. A ressurreição de Jesus Cristo – e o próprio Jesus Cristo
Ressuscitado – é princípio e fonte da nossa
ressurreição futura: “Jesus Cristo ressuscitou dos mortos como primícias
dos que morreram”.
“JESUS SUBIU AOS CÉUS E ESTÁ
SENTADO À DIREITA DE DEUS, PAI TODO-PODEROSO”
Jesus Cristo foi
elevado ao céu: A ascensão de Jesus
Cristo marca a entrada definitiva da humanidade de Jesus Cristo no domínio
celeste de Deus, de donde voltará, mas que até lá o esconde aos olhos dos
homens.
Cabeça da Igreja: Jesus Cristo, cabeça da Igreja, precede-nos
no Reino glorioso do Pai, para que nós, membros do seu corpo, vivamos na
esperança de estarmos um dia eternamente com Ele.
Mediator Dei: Jesus Cristo, tendo entrado, uma vez por
todas, no santuário dos céus, intercede incessantemente por nós, como mediador
que nos garante permanentemente a efusão do Espírito Santo.
“DONDE VIRÁ JULGAR OS VIVOS E OS
MORTOS”
Cristo já reina
pela Igreja: Cristo Senhor reina
já pela Igreja, mas ainda não Lhe estão submetidas todas as coisas deste mundo.
O triunfo do Reino de Jesus Cristo só será um fato, depois dum último assalto
das forças do mal.
O advento glorioso de Cristo esperança de Israel: No dia do Juízo, no fim do mundo, Jesus Cristo
virá na sua glória para completar o triunfo definitivo do bem sobre o mal, os
quais, como o trigo e o joio, terão crescido juntos no decurso da história.
Para julgar os vivos e os
mortos: Quando vier; no fim
dos tempos, para julgar os vivos e os mortos, Jesus Cristo glorioso revelará a disposição
secreta dos corações, e dará a cada um segundo as suas obras e segundo tiver
acolhido ou rejeitado sua graça.
Referências
- Bíblia de Jerusalém. 6ª. Reimpressão. São Paulo: Paulus, 2010.
- CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA – Edição Típica Vaticana – São Paulo: Loyola, 2000.
Até Breve!